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O AMOR

“O amor é mais forte do que o ódio, mais poderoso do que a morte. Se o Cristo foi o maior dos missionários e dos profetas, se tanto império teve sobre os homens, foi porque trazia em si um reflexo mais poderoso do Amor Divino. Jesus passou pouco tempo na Terra; foram bastantes três anos de evangelização para que o seu domínio se estendesse a todas as nações. Não foi pela Ciência nem pela arte oratória que ele seduziu e cativou as multidões, foi pelo amor! Desde sua morte, seu amor ficou no mundo como um foco sempre vivo, sempre ardente.”

(Capítulo XXV Terceira parte)

ELEVAÇÃO E FINALIDADE DA ALMA

“ A alma, dissemos, vem de Deus; é em nós, o princípio da inteligência e da vida. Essência misteriosa, escapa à análise, como tudo quanto dimana do Absoluto. Criada por amor, criada para amar, tão mesquinha que pode ser encerrada numa forma acanhada e frágil, tão grande que, com um impulso do seu pensamento abrange o Infinito, a alma é uma partícula da essência divina projetada no mundo material. (...)

Tudo o que vem da matéria é instável; tudo passa, tudo foge. Os montes se vão pouco a pouco abatendo sob a ação dos elementos; as maiores cidades convertem-se em ruínas, os astros acendem-se, resplandecem, depois apagam-se e morrem; só a alma imperecível paira na Duração Eterna. (...)

Tudo o que está em nós está no Universo e tudo o que está no Universo encontra-se em nós. Pelo corpo fluídico e pelo corpo material o homem acha- se ligado à imensa teia da vida universal; pela alma, a todos os mundos invisíveis e divinos. Somos feitos de sombra e luz; somos a carne com todas as suas fraquezas e o espírito com as suas riquezas latentes, as suas esperanças radiosas, os seus surtos grandiosos, e o que em nós está em todos os seres se encontra. Cada alma humana é uma projeção do grande Foco Eterno e é isso o que consagra e assegura a fraternidade dos homens.(...)

Tocamos com os pés as profundezas sombrias do abismo e com a fronte as alturas fulgurantes do Céu, o império glorioso dos Espíritos.”

(Capítulo IX Primeira parte)

O Problema do Ser, do Destino e da Dor - FEB. 2010